quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Adeus a um ícone


WANDERLEY ALVES DOS REIS - * 2/10/1945 + 8/2/2012
Cantor lutou, mas não resistiu; ficou internado 13 dias com problema grave no coração
Publicado no Super Notícia em 09/02/2012
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KARINA ALVES
karina@otempo.com.br
FOTO: ALEX PALAREA/AGNEWS - 4.10.2010
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Sem deixar de lado o carinho com os fãs, até mesmo doente, ele batalhou contra os problemas cardíacos e havia sinalizado que estava "na oficina de Deus, arrumando uma turbina", mas queria todos confiantes, na certeza de que voltaria. Inesperadamente, às 8h de ontem, familiares e uma legião de fãs que acompanhavam uma carreira iniciada na década de 70 perderam o cantor Wanderley Alves dos Reis, o Wando. A considerável evolução no quadro clínico nos últimos cinco dias indicava que o cantor iria melhorar, mas, durante a madrugada, a equipe médica que o acompanhava se deparou com uma piora repentina do paciente. O ídolo da música romântica morreu aos 66 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória, depois de passar 13 dias internado no hospital Biocor, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.

Abatida, a aposentada Regina Valadares, de 69 anos, esteve na porta do hospital ainda pela manhã, assim que soube da morte do cantor. "A dor no coração é muito grande. Quis sentir um pouquinho dele pertinho de mim", afirmou a fã, uma das "moças" que acompanharam a carreira de Wando desde o início.

Antes de alcançar a fama, o cantor começou a se interessar pelo gênero que consagraria seu nome ao perceber o sucesso que poderia fazer com as moças.

Os trechos de "Fogo e Paixão", a mais famosa música do cantor, conquistaram mulheres de várias gerações. É o caso da fisioterapeuta Michele Neves, de 31 anos, que também esteve no hospital para se despedir do artista. "Wando sempre será uma luz nas nossas vidas". O médico particular do artista e três cardiologistas do Biocor deram uma entrevista coletiva, na manhã de ontem, para esclarecer as circunstâncias da morte. De acordo com o médico Heberth Miotto, Wando deu entrada no hospital, no dia 27 de janeiro, com artérias entupidas por placas de gordura. Na madrugada do dia seguinte, ele passou por uma cirurgia e permaneceu sedado e em estado grave até o último dia 3, quando acordou e seu quadro clínico começou a melhorar gradativamente.

Anteontem, ele chegou a passar cerca de oito horas respirando sem a ajuda de aparelhos, estava bem-humorado e se comunicava por gestos. O cantor, que vinha se alimentando por sonda, chegou a comer algumas colheres de iogurte. Mas, durante a madrugada de ontem, ele teve uma piora inesperada e faleceu.

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